O estopim da primeira revolta tenentista foi a publicação na
imprensa de cartas falsas que ofendiam os militares especialmente o presidente
do Clube Militar, marechal Hermes da Fonseca. O presidente da República,
Epitácio Pessoa, considerou que o culpado pelas cartas era o próprio Hermes da
Fonseca e mandou prendê-lo sob a acusação de agitador. Diante disso, em 5 de
julho de 1922, os tenentes do Forte de Copacabana foram contra o governos,
dispostos a “salvar a honra do Exército” e moralizar o país. O governo
interveio e obrigou os revoltosos a se render. Porém 17 militares e um civil
não se entregaram: saíram pela Avenida Atlântica, que fica no Rio de Janeiro,
dispostos a tudo.
O Segundo 5 de julho
No governo de Arthur Bernardes, em 1924, houve em São Paulo
outro tenentismo, o Segundo 5 de julho. Esse movimento, ao contrário do
primeiro, tinha objetivos bem definidos. Os tenentes exigiam:
·
A
moralização da República por meio do voto secreto;
·
A
real autonomia dos três poderes;
·
A
obrigatoriedade do ensino primário e profissional;
·
O
respeito às leis e à justiça.
Comandados pelo general Isidoro Dias Lopes e pelo major
Miguel Costa, os rebeldes tentaram em vão conquistar a cidade de São Paulo.
Reprimidos pelas
tropas governistas, cerca de mil rebeldes formaram a coluna paulista e deixaram
São Paulo em direção a Foz do Iguaçu, no Paraná.
Depois de vários confrontos com as forças governistas, os
rebeldes gaúchos, comandados pelo Luís Carlos Prestes, também formaram uma
coluna e marcharam até Foz do Iguaçu a fim de unir-se aos paulistas. Da junção
da coluna paulista e da gaúcha nasceu a famosa Coluna Prestes.
As eleições e o
movimento de 1930
Em 1930, de acordo com a política do
café do leite, era de Minas Gerais escolher o presidente. Mas o presidente
Washington Luís, que tinha sido indicado por São Paulo, decidiu indicar outro
paulista para sucedê-lo, Júlio Prestes.
Os políticos de Minas Gerais reagiram,
conseguindo aliados no Rio Grande do Sul e na Paraíba e formando a Aliança
Liberal. Para disputar as eleições de 1930, a Aliança Liberal lançou o gaúcho
Getúlio Vargas para presidente e o paraibano João Pessoa para vice.
Era Vargas
Governo provisório
Oposição
paulista
Ao impor interventores aos estados,
Getúlio desagradou as elites estaduais. Em São Paulo, por exemplo, a elite
reagiu à nomeação do tenente João Alberto formando a Frente Única Paulista
(FUP). Essa Frente exigia uma nova Constituição para o Brasil e a nomeação de
um interventor civil e paulista para o governo de São Paulo. Pressionado,
Vargas nomeou o paulista Pedro de Toledo para o cargo. Apesar disso, os
paulistas continuaram se opondo a ele.
Foi quando uma tragédia ocorrida em São
Paulo exaltou os ânimos: quatro estudantes (Martins, Miragaia, Dráusio e
Camargo) foram mortos quando atacavam a sede de um jornal pró-Vargas. As
iniciais de seus nomes – MMDC – passaram a ser sigla e símbolo do movimento
paulista. Por fim, em 9 de julho de 1932, os paulistas, liderados pelo general
Isidoro Dias Lopes e o civil Pedro de Toledo, pegaram em armas contra o governo
federal no episódio conhecido como Revolução Constitucionalista.
Em sua luta contra as tropas federais,
os paulistas foram apoiados apenas pelo Mato Grosso. Como o governos tinha
superioridade bélica, venceu os paulistas em poucos meses. Embora derrotados
militarmente, os paulistas consideraram-se “moralmente” vitoriosos, pois em 16
de julho de 1934 uma Assembleia Constituinte votou e aprovou a terceira Constituição
do Brasil.
Essas são as principais mudanças
introduzidas pela Constituição de 1934:
·
Voto
secreto: o que dificultava bastante a prática da corrupção eleitoral;
·
Voto
feminino: com isso a mulheres passaram a ter importância política;
·
Justiça
eleitoral: tinha como objetivo zelar pelas eleições;
·
Ensino
primário gratuito, de frequência obrigatória;
·
Nacionalização
progressiva de minas, jazidas minerais e quedas-d’água, julgadas essenciais ao
país;
·
Direitos
trabalhistas: jornada de trabalho de 8 horas, descanso semanal remunerado,
indenização por dispensa sem justa causa, estabilidade à gestante.
Governo constitucional de Vargas
Os
integralistas
Liderados pelo escritor Plínio Salgado, seguiam os princípios
do fascismo de Benito Mussolini. Em 1932, os integralistas fundaram a Ação
Integralista Brasileira (AIB), organização política que defendia:
·
Um
governo autoritário dirigido por um chefe e um partido único;
·
O
predomínio dos interesses da nação sobre os do individuo;
·
A
censura aos meios de comunicação
Assim como os fascistas, os integralistas faziam uso da
violência contra adversários políticos, especialmente comunistas.
Apelando para um nacionalismo exagerado e adotando o lema
Deus, Pátria e Família, AIB conseguiu o apoio de membros das camadas médias, do
alto clero, do empresariado e das Forças Armadas.
Os aliancistas
Como oposição aos integralistas, fundou-se no Brasil, em
1935, a Aliança Nacional Libertadora (ANL), frente popular liderada pelos
comunistas chefiados por Luís Carlos Prestes. Os principais pontos do programa
da ANL eram:
·
Não
pagamento da dívida externa brasileira;
·
Nacionalização
das empresas estrangeiras;
·
Reforma
agrária;
·
Formação
de um governo popular.
O levante comunista
Em 5 de julho de 1935, o líder
comunista Luís Carlos Prestes lançou um manifesto que propunha a derrubada do
governo Vargas e a formação de um governo popular revolucionário. O governo
Vargas reagiu ao manifesto fechando a sede da ANL, bem como a maioria dos núcleos
que ela possuía pelo país.
Diante disso, sem esperar as ordens de
Prestes, um grupo de sargentos, cabos e soldados comunistas de Natal, no Rio
Grande do Norte, deu início à Revolta Vermelha ou Intentona Comunista. Com
rapidez Vargas sufocou os levantes e passou a prender e torturar os
simpatizantes da ANL, comunistas ou não.
O Estado Novo
As eleições para presidente da República estavam marcadas
para o início de 1938. Vargas, no entanto, não estava disposto a deixar o
poder. Por isso, ele anunciou pelo rádio que havia descoberto o Plano Cohen,
segundo o qual os comunistas pretendiam provocar greves, incêndios em igrejas e
o assassinato do presidente.
Na verdade o Plano
Cohen era falso, mas serviu de pretexto para que, em 10 de novembro de 1937,
Vargas desse um golpe e implantasse uma ditadura, O Estado Novo.
Violência e propaganda
Inspirado nas técnicas de propaganda nazifascistas, 1939 o
governo Vargas criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), subordinado
diretamente ao presidente da República.
Economia: indústria e agricultura
De 1933-1939 a
agricultura diminuiu e a indústria aumentou consideravelmente a indústria, isso
se deu por um lado, à Grande Depressão e à Segunda Guerra Mundial, pois com
seus parceiros comerciais em crise ou em guerra, o Brasil foi forçado a
fabricar o que antes importava. Por outro lado, essa arrancada industrial
brasileira deveu-se a uma série de medidas tomadas pelo governo Vargas, tais
como: empréstimos à indústria; diminuição dos impostos sobre bens e equipamentos
industriais; abolição dos impostos interestaduais e fixação do salário mínimo
(1940) – medida que amenizava o conflito entre empresários e trabalhadores.
Além disso, Vargas criou:
·
O
Conselho Nacional do Petróleo (1938)
·
A
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) (1941)
·
A
Companhia Vale do Rio Doce (atual Vale) (1942)
·
A
Companhia Hidrelétrica do São Francisco (1945)
Muito bom. A Era Vargas é um ótimo assunto para se tratar, até porque cada pessoa acha que aconteceu alguma coisa á mais ou á menos. Estava com dúvidas e você conseguiu tirá-las. Muito obrigada. Grata!!
ResponderExcluirMeu pal na tua bunda
ExcluirMuito bom. A Era Vargas é um ótimo assunto para se tratar, até porque cada pessoa acha que aconteceu alguma coisa á mais ou á menos. Estava com dúvidas e você conseguiu tirá-las. Muito obrigada. Grata!!
ResponderExcluiraaaaaaaaaaaaaah vc me ajudou muito valeu cuzaum
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