quinta-feira, 12 de julho de 2012

A importância do cloro na água

                 Vivemos expostos aos riscos de contaminação. Fertilizantes, inseticidas, nitratos, herbicidas e fungicidas utilizados nas plantações e que se infiltram na terra, atingindo os mananciais subterrâneos. Detergentes, desinfetantes, solventes e metais pesados que são descarregados no esgoto (e muitas vezes nos rios) pelas industrias. Lixo e detrito que são jogados nos rios e lagos. E para que se mantenha a saúde preservada é importante que se tomem uma série de medidas.

Para garantia da população, a água é tratada nas estações de tratamento de água, através de processos diversos, entre eles decantação e cloração. Porém, o cloro confere um sabor estranho à água e além de prejudicar o sabor dos alimentos (sucos, gelo, café), pode prejudicar a saúde e por isso deve ser retirado na hora do consumo.

Além disso, a água percorre um longo caminho até chegar no ponto de uso, passando por tubulações enferrujadas, furadas e até mesmo sujas com resíduos de areia e barro. Mas, atenção para essa informação: o cloro é um agente de proteção da água que evita o desenvolvimento de microorganismos. Só deve ser retirado da água no momento do consumo. Se a água for ficar armazenada em cisternas ou caixas d’água, deve ficar com cloro. Por esses motivos há a necessidade de se utilizar filtros de qualidade, produzidos para reter essas partículas de sujeira e eliminar gostos e odores estranhos da água, inclusive o cloro.

O cloro é encontrado predominantemente em líquidos extracelulares e intracelulares. A quantidade de cloro no homem adulto normal de 70 kg corresponde a 0,12% do peso corporal. É absorvido de forma rápida no trato gastrointestinal. Esse mineral é um dos mais importantes na regulação da pressão osmótica, pois o cloro ionizado, juntamente com o sódio, mantém o balanço aquoso. Participa no equilíbrio ácido-base e na manutenção do pH sangüíneo. O cloro secretado pela mucosa gástrica como ácido clorídrico acarreta a acidez necessária para a digestão no estômago e para a ativação de enzimas. As principais fontes de cloro são: sal de cozinha, frutos do mar, leite, carnes, ovos.
O cloro também é um dos elementos presentes no organismo humano com grande importância na formação dos sucos gástrico e pancreático, no equilíbrio ácido-básico do sangue, e no funcionamento do fígado. Ele também é encontrado em grande quantidade no líquido cefalorraquidiano. Presente no líquido extra-celular, o elemento é o principal ânion (íon negativo) presente neste meio e é obtido pelo organismo por meio da ingestão de sal.
Além de ser importante para a manutenção destas funções, o cloro também se combina com outros sais minerais e auxilia no desempenho de outras funções. Quando agregado ao potássio, por exemplo, ele é um importante componente do equilíbrio osmótico celular, regulando a entrada e saída de água das células.
O cloro faz parte de uma classe chamada de ‘macronutrientes’, ou seja, são necessárias quantidades relativamente altas deste elemento para manter bons níveis no corpo. Geralmente, sua ingestão ultrapassa os 100 mg por dia. Também fazem parte desta categoria sais como o cálcio, fósforo, enxofre, potássio, sódio e magnésio.

          Curiosidades:
           O cloro foi descoberto em 1774 pelo pesquisador alemão Karl Wilhem Scheele, mas somente no início do Século XX que seu emprego como purificador de água foi largamente difundido. A sua eficiência o torna indispensável no saneamento básico.

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