Vivemos expostos aos riscos de
contaminação. Fertilizantes, inseticidas, nitratos, herbicidas e fungicidas
utilizados nas plantações e que se infiltram na terra, atingindo os mananciais
subterrâneos. Detergentes, desinfetantes, solventes e metais pesados que são
descarregados no esgoto (e muitas vezes nos rios) pelas industrias. Lixo e
detrito que são jogados nos rios e lagos. E
para que se mantenha a saúde preservada é importante que se tomem uma série de
medidas.
Para garantia da população, a
água é tratada nas estações de tratamento de água, através de processos
diversos, entre eles decantação e cloração. Porém, o cloro confere um sabor
estranho à água e além de prejudicar o sabor dos alimentos (sucos, gelo, café),
pode prejudicar a saúde e por isso deve ser retirado na hora do consumo.
Além disso, a água percorre um
longo caminho até chegar no ponto de uso, passando por tubulações enferrujadas,
furadas e até mesmo sujas com resíduos de areia e barro. Mas, atenção para essa
informação: o cloro é um agente de proteção da água que evita o desenvolvimento
de microorganismos. Só deve ser retirado da água no momento do consumo. Se a
água for ficar armazenada em cisternas ou caixas d’água, deve ficar com cloro. Por
esses motivos há a necessidade de se utilizar filtros de qualidade, produzidos
para reter essas partículas de sujeira e eliminar gostos e odores estranhos da
água, inclusive o cloro.
O cloro é encontrado predominantemente em
líquidos extracelulares e intracelulares. A quantidade de cloro no homem adulto
normal de 70 kg corresponde a 0,12% do peso corporal. É absorvido de forma
rápida no trato gastrointestinal. Esse mineral é um dos mais importantes na
regulação da pressão osmótica, pois o cloro ionizado, juntamente com o sódio,
mantém o balanço aquoso. Participa no equilíbrio ácido-base e na manutenção do
pH sangüíneo. O cloro secretado pela mucosa gástrica como ácido clorídrico
acarreta a acidez necessária para a digestão no estômago e para a ativação de
enzimas. As principais fontes de cloro são: sal de cozinha, frutos do mar,
leite, carnes, ovos.
O cloro também
é um dos elementos presentes no organismo humano com grande importância na
formação dos sucos gástrico e pancreático, no equilíbrio ácido-básico do
sangue, e no funcionamento do fígado. Ele também é encontrado em grande
quantidade no líquido cefalorraquidiano. Presente no líquido extra-celular, o
elemento é o principal ânion (íon negativo) presente neste meio e é obtido pelo
organismo por meio da ingestão de sal.
Além de ser
importante para a manutenção destas funções, o cloro também se combina com
outros sais minerais e auxilia no desempenho de outras funções. Quando agregado
ao potássio, por exemplo, ele é um importante componente do equilíbrio osmótico
celular, regulando a entrada e saída de água das células.
O
cloro faz parte de uma classe chamada de ‘macronutrientes’, ou seja, são
necessárias quantidades relativamente altas deste elemento para manter bons
níveis no corpo. Geralmente, sua ingestão ultrapassa os 100 mg por dia. Também
fazem parte desta categoria sais como o cálcio, fósforo, enxofre, potássio,
sódio e magnésio.
Curiosidades:
O
cloro foi descoberto em 1774 pelo pesquisador alemão Karl Wilhem Scheele, mas
somente no início do Século XX que seu emprego como purificador de água foi
largamente difundido. A sua eficiência o torna indispensável no saneamento
básico.
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