Estudo relaciona
apneia do sono à perda de audição
Um estudo
publicado no Archives of Otolaryngology estabeleceu uma relação entre a apneia do sono e a
perda repentina da audição, mal que atinge quatro mil pessoas anualmente nos
Estados Unidos, segundo o National Institutes of Health. A análise foi liderada
por pesquisadores da Taipei Medical University Hospital, em Taiwan.
Foram
analisados dados médicos de 3.200 taiwaneses com perda repentina de audição
entre 2000 e 2008. Cada paciente foi comparado a outros cinco da mesma idade e
sexo, mas sem problemas de surdez. No
total, foram examinadas 19 mil pessoas. Dessas, 240 foram diagnosticadas com
apneia do sono e, posteriormente, um episódio de perda de audição repentina.
Em seguida,
os especialistas analisaram os hábitos de vida desses indivíduos que poderiam
ter ligação com problemas para dormir e de audição, como obesidade e problemas
cardíacos. A diferença absoluta entre os dois grupos não foi tão divergente.
Entretanto, eles descobriram que homens com perda repentina de audição tinham
uma probabilidade 48% maior de ter apneia do sono em
comparação aos demais pacientes.
Os
pesquisadores acreditam que a apneia do sono, conhecida por aumentar o acúmulo
de placas nos vasos sanguíneos, pode afetar vasos em regiões do cérebro que
controlam a audição ou ainda vasos que nutrem os nervos responsáveis pela
audição.
Apneia
do sono triplica risco de derrame em homens
A apneia do
sono também pode triplicar os riscos de derrame em homens, de acordo com estudo
feito pela Universidade Western Reserve, nos Estados Unidos.
O estudo,
publicado no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, também
mostrou que o aumento do risco de AVC em mulheres com apneia do sono foi
significativo apenas em casos de apneia grave.
De acordo com
os pesquisadores, apesar do resultado apontar que mais mulheres tenham sofrido
um AVC, em comparação com os homens que não sofrem com o problema da apneia, os
números de derrame do público masculino foram relativamente maiores.
Os cientistas
disseram que a causa mais provável desses resultados, está ligada a maior
duração da apneia do sono em homens do que em mulheres. Além disso, os homens
podem desenvolver a síndrome mais cedo e, por isso, ficam mais tempo sem tratamento,
uma vez que as complicações só começam a aparecer em idade avançada.
Mais de 15
milhões de acidentes vasculares cerebrais ocorrem em todo mundo a cada ano e,
cerca de um terço são fatais. O estudo mostrou que o aumento do risco de
derrame em pessoas com apneia existe mesmo sem outros fatores de risco, como
peso, pressão elevada, diabetes e tabagismo.
Pesquisas
anteriores já mostraram que essa síndrome obstrutiva do sono está associada
também ao aumento dos riscos de hipertensão, ataque cardíaco, irregularidade
nos batimentos do coração, obesidade e diabetes.
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