segunda-feira, 28 de abril de 2014

A Contrarreforma

         Reagindo ao avanço do protestantismo pela Europa, a Igreja católica iniciou um movimento para se fortalecer, divulgar o catolicismo e deter o avanço das ideias protestantes. Este movimento ficou conhecido como Contrarreforma ou Reforma Católica, e foi levado adiante pelos jesuítas, pela Inquisição e pelo Concílio de Trento.

Os jesuítas
         A ordem dos jesuítas, denominada Companhia de Jesus, foi fundada pelo ex-capitão espanhol Inácio de Loyola, em 1534, e reconhecida pelo papa Paulo III seis anos depois.

         O principal objetivo dos jesuítas era a propagação do catolicismo por meio da pregação, do ensino e da catequese dos nativos do além-mar. Para isso, fundaram colégios e missões em várias partes do mundo, como Portugal, Índia, China, Brasil, entre outros.
         Na Europa, os jesuítas se envolveram em várias atividades ligadas à instituição e à catequese de crianças e dos indígenas. Tornaram-se, assim, o braço direito do papa durante o Concílio de Trento.

O Concílio de Trento
         Convocado pelo papa Paulo III, o Concílio de Trento sofreu várias interrupções devido a guerras, ao reduzido número de participantes e a uma peste que se abateu sobre a região. O Concílio de Trento tomou uma série de resoluções que governaram a Igreja por séculos:
  • Reafirmou a doutrina católica, com base na Bíblia e na tradição (e não somente na Bíblia, como desejam os protestantes);
  • Considerou crime a prática da venda de indulgências;
  • Reforçou o poder do papa;
  • Conservou os sete sacramentos;
  • Organizou o Index (relação de livros proibidos à leitura dos cristãos);
  • Conservou o culto à Virgem Maria e aos outros santos;
  • Fixou regras para a formação dos padres (seminários).

A Inquisição
          Com o avanço da Reforma Protestante, o papa Paulo III reativou uma antiga instituição medieval: o Tribunal do Santo Ofício, também chamado de Inquisição. Em 1542, ele criou o primeiro tribunal permanente.
         Na Espanha, a Inquisição era subordinada à realeza e não ao papado, e os reis a usaram para se fortalecer. Com o domínio espanhol sobre Portugal e suas colônias, muitos inquisidores foram enviados para Bahia, Pernambuco, Itamaracá e Paraíba, onde mandaram prender cristãos-novos (judeu convertido ao cristianismo) e chegaram a condenar uma judia à morte.
        Depois disso, as visitas do Santo Ofício prosseguiram, sobretudo, em Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde os inquisidores inventavam culpados e os encaminhavam ao Tribunal de Lisboa. No Brasil, porém, a Inquisição atuou menos do que na América espanhola, região que contava com tribunais próprios.

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