Ao chegar à América no fim do século XV, os espanhóis
encontraram civilizações bem organizadas, que possuíam verdadeiros tesouros. A
arte desenvolvida por essas culturas antes da chegada dos europeus é comumente
chamada pré-colombiana. Trata-se
especificamente das manifestações culturais de civilizações do México, da
América Central e do norte da América do Sul, principalmente no Peru.
Sua descoberta não teria sido possível
se a Europa não estivesse passando por um grande florescimento cultural e
tecnológico, resultante em grande medida do espírito humanista.
As origens dessas culturas são
complexas e têm raízes em populações pré-históricas dispersas por várias
regiões do continente. Suas criações mais conhecidas, porém, são relativamente
contemporâneas ao Renascimento europeu.
Assim, quando se refere à arte
pré-colombiana, se refere à arte dessas civilizações mais organizadas, uma vez
que não há muita informação sobre a produção de populações mais remotas e
dispersas pelo continente americano.
A arte dos antigos
povos mexicanos
Entre as civilizações mais instáveis
que se desenvolveram no território hoje ocupado pelo México, é importante
mencionar os olmecas. Considera-se
que essa civilização tenha existido por volta dos anos 1100 a.C. a 200 d.C. e
produzido principalmente esculturas rústicas, mas de grande força expressiva,
muitas vezes com materiais raros, como o jade. Suas obras impressionam também
pela monumentalidade.
Na parte sul da mesma região, na
península do lucatã, fixou-se a civilização maia, cuja formação histórica se iniciou por volta de 1000 a.C. e
cujo período de desenvolvimento mais significativo ocorreu entre os anos 300 e
1000 da era cristã. Quando os colonizadores espanhóis chegaram à América em
1492, essa cultura já se encontrava em declínio.
Os maias constituíram grandes cidades e
desenvolveram uma arquitetura monumental. As construções maias são, em geral,
de dois tipos: pirâmide e palácio.
O Templo
das inscrições é um exemplo de construção maia em forma de pirâmide,
erguida sobre patamares retangulares, sendo o seguinte sempre menor que o
primeiro, de modo a dar a forma piramidal.
Além da arquitetura, a arte maia se
manifestou na escultura, que decora os templos e os palácios ou que apresenta
sob a forma de pequenas figuras.
A última civilização a desenvolver-se
na região do México antes da chegada dos colonizadores espanhóis, já entre os
séculos XIV e XVI foi a dos astecas.
Esse povo fundou a cidade de Tenochtitlán e criou aí um organizado e próspero
centro urbano.
Em Tenochtitlán, os astecas ergueram
imponentes templos piramidais e luxuosos palácios para um império absolutista e
de rígida organização social de senhores e escravos.
Os astecas dominavam conhecimentos de
matemática e astronomia. É o que evidencia a peça encontrada em 1790, a Pedra
do Sol, um grande calendário talhado em pedra que apresenta, ao centro, a
figura de Tonatiuh, o deus Sol, e em círculo concêntricos, figuras que
simbolizam os dias, as semanas e os meses, além de entidades do universo asteca.
A arte dos antigos
povos da região dos Andes
Na América do Sul, os povos que
desenvolveram uma produção cultural mais organizada localizaram-se
principalmente ao norte, na região do atual território peruano.
A cultura mochica existiu ao longo da costa setentrional do Peru, entre os
anos 200 e 800 da nossa era. De sua arte, destaca-se a produção de joias e
adereços femininos. Sua cerâmica também é apreciável, pela decoração pictórica
e pelos curiosos formatos dados aos objetos de uso diário: animais e cabeças
humanas.
Por volta do ano 1000, ao sul e já
próximo da Bolívia, a civilização mais significativa foi a tiahuanaco. Seu nome provém de uma antiga cidade da Bolívia.
Possuía arquitetura e escultura de maciças figuras.
Ao norte, entre os anos 1300 e 1438,
desenvolveu-se a requintada civilização chimu,
cujos trabalhos em cerâmica e ourivesaria, como vasos zoomórficos e
antropomórficos, ídolos e máscaras cerimoniais, apresentam ora motivos
realistas, ora motivos abstratos.
Por fim, aproximadamente entre os anos
1400 e 1532 (já na época próxima à chegada dos espanhóis), desenvolveu-se a civilização inca, que ocupou principalmente
a alta região andina.
O aspecto mais surpreendente da cultura
inca é a arquitetura, da qual tanto Cuzco, antiga capital do império inca, como
a vizinha fortaleza de Sacsahuaman e as construções da cidade de Machu Picchu
são importantes exemplos.
Como a região de Cuzco é muito sujeita
à ação de terremotos, os incas desenvolveram uma amarração de pedra para suas
construções, de modo a torna-las resistentes aos movimentos de terra.
Percebendo isso, os colonizadores espanhóis usaram os muros incas como suporte
para sua própria arquitetura, levando para a América o estilo espanhol.
As construções incas impressionam pela
imponência e ao mesmo tempo pela simplicidade seu único elemento ornamental são
as portas em forma de trapézio. É, porém, a cidade de Machu Picchu, no topo da
montanha, que melhor documenta a concepção urbanística e arquitetônica dos
incas.
Localizada no pico de uma montanha
andina, a 2.450 metros de altitude, Machu Picchu foi descoberta em 1911, pelo
professor Hiram Bigham. Existem hipóteses para explicar o porquê da construção
dessa cidade, durante tanto tempo escondida nos Andes peruanos. Mas na verdade
pouco se sabe sobre os reais motivos que levaram os incas a transportar de tão
longe, com inimagináveis sacrifícios, pedras e água para construir uma cidade
tão admirável.
Arte pré-colombiana – é a produção
artística feita antes da chegada de Colombo à América (1492). A chegada desses
colonizadores é contemporâneo ao Renascimento na Europa (século XV). Ao chegar
à América, Colombo descobriu várias civilizações bem organizadas tanto
socialmente tanto artisticamente. E todos os artefatos encontrados, foi
decisivo para conhecermos a história dessas civilizações. Os profissionais que
encontram e estudam esses tipos de artefatos são os arqueólogos.
Na América do Sul, os povos que desenvolveram uma produção cultural mais organizada localizaram-se principalmente ao norte, na região do atual território peruano.
ResponderExcluirAs culturas que formaram o patrimônio artístico do Peru pré-colombiano têm raízes muito remotas e evolução histórica bastante complexa.
A cultura mochica existiu ao longo da costa setentorial do Peru, entre os anos 200 e 800 da nossa era. De sua arte, destaca-se a ourivesaria, que produziu joias e adereços femininos. Sua cerâmica também é apreciável, pela decoração pictória e pelos curiosos formatos dados aos objetos de uso diário: animais e cabeças humanas.
Ao sul e próximo a Bolívia, por volta do ano 1000 a civilização mais significativa foi a tiahuanaco. Seu nome provém de uma antiga cidade do altiplano boliviano. Localizada próximo de La Paz, na Bolívia, a antiga cidade de Tiahuanaco ainda desafia a análise e a interpretação dos arqueólogos, com sua arquitetura e escultura de maçicas figuras.
Gosto muito da arte andina!
ResponderExcluirGosto muito da arte andina!
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